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Ao longo do dia, o dólar norte-americano cedeu terreno frente ao euro, à libra esterlina e a outros ativos de risco no fim da semana passada. No entanto, essa movimentação não provocou alterações significativas no equilíbrio de forças do mercado.
O enfraquecimento do dólar foi intensificado pela forte queda do Índice de Sentimento do Consumidor da Universidade de Michigan, que recuou para 55 pontos. O indicador, que mede as expectativas dos consumidores em relação à economia, levantou preocupações sobre uma possível redução do consumo futuro, pressionando a moeda norte-americana. A menor confiança do consumidor também aumentou os temores de uma desaceleração do crescimento econômico nos EUA, já que o consumo é um dos principais motores da economia e sua queda pode impactar negativamente o PIB.
Para hoje, os dados mais relevantes incluem o balanço comercial da zona do euro e o relatório mensal do Bundesbank. Mais tarde, à noite, a presidente do BCE, Christine Lagarde, fará um discurso, embora dificilmente aborde temas de política monetária.
O relatório do Bundesbank costuma trazer uma análise detalhada do estado atual da economia alemã, considerada o motor da zona do euro. Os traders devem observar atentamente os comentários sobre inflação, perspectivas de crescimento e o impacto de fatores externos, como tensões geopolíticas e interrupções nas cadeias de suprimento. Particular atenção será dada ao setor industrial, cujas perspectivas podem fornecer pistas sobre o futuro da economia da região.
Quanto ao discurso de Lagarde, os investidores buscarão sinais claros sobre a política monetária futura. Contudo, na minha opinião, tudo que era relevante já foi comunicado na semana passada, tornando improvável o surgimento de novidades significativas.
Se os dados vierem de acordo com as expectativas dos economistas, a estratégia mais indicada será a de Reversão à Média (Mean Reversion). Caso os números se afastem consideravelmente do esperado, a estratégia de Momentum se tornará mais adequada.