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11.12.2025 04:51 PM
Preços do ouro voltam a subir

Ontem, os preços do ouro subiram pelo terceiro dia consecutivo após a Reserva Federal anunciar a tão aguardada redução da taxa de juros. A prata também disparou para máximas históricas. O preço do ouro aumentou 0,5% e se aproximou da marca de $4,248 por onça, enquanto os rendimentos dos títulos do Tesouro e o dólar caíram após a última reunião do FOMC do ano.

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O banco central dos Estados Unidos reduziu as taxas de juros pela terceira reunião consecutiva, mantendo a perspectiva de apenas um corte adicional em 2026. Vale destacar que a postura mais acomodatícia do Fed tende a favorecer os metais preciosos, que normalmente se beneficiam de taxas de juros mais baixas, já que não oferecem rendimento.

Apesar da cautela expressa pelo Fed, os investidores interpretaram o movimento como um sinal de afrouxamento monetário adicional no futuro, o que impulsionou a demanda por ouro como proteção contra a inflação e contra a instabilidade da moeda. Diante das tensões geopolíticas persistentes e da incerteza em relação ao crescimento global, o apelo do ouro como ativo de refúgio continua aumentando.

A prata também apresenta uma dinâmica robusta, avançando para máximas históricas. Seu papel dupl, como metal precioso e como commodity industrial, a torna especialmente atraente no cenário atual. Assim como o ouro, a prata funciona como um porto seguro em tempos de turbulência econômica. Ao mesmo tempo, o crescimento da demanda em setores como energia solar e eletrônicos dá suporte adicional aos preços.

Analistas acreditam que a alta dos metais preciosos pode continuar no próximo ano, especialmente se o Fed mantiver uma política monetária mais flexível. Ainda assim, é importante lembrar que o mercado de metais pode ser volátil, exigindo cautela por parte dos investidores.

Até o momento, o ouro acumula mais de 60% de valorização neste ano, enquanto a prata mais do que dobrou de preço, registrando para ambos os metais seu melhor desempenho anual desde 1979. Esse avanço acelerado tem sido impulsionado por compras expressivas de bancos centrais e pela migração de capital de títulos governamentais e moedas. Segundo o Conselho Mundial do Ouro, os fluxos para fundos negociados em bolsa lastreados em ouro aumentaram mês após mês neste ano — com exceção de maio.

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Os compradores precisam ter como alvo a resistência mais próxima, em US$ 4.249. Isso lhes permitirá visar US$ 4.304, acima do qual será bastante difícil ultrapassar. O alvo mais distante estará próximo de US$ 4.372. Caso ocorra uma queda nos preços do ouro, os vendedores tentarão assumir o controle em US$ 4.186. Se forem bem-sucedidos, uma quebra abaixo desse nível representará um golpe significativo para as posições de alta e empurrará o ouro para uma baixa de US$ 4.126, com potencial para atingir US$ 4.062.

Miroslaw Bawulski,
Analytical expert of InstaTrade
© 2007-2025

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